quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

A recuperar sem... suadelas!

Duas semanas passaram desde que "descolei" o gémeo. Ontem fui levantar a ecografia que tinha feito no dia 21, apenas para maior informação da lesão. Segue o relatório:
" Observa-se colecção medindo cerca de 34x5mm entre a região distal do gémeo interno e o solear subjacente; de acordo com rotura da aponevrose do gémeo interno com pequeno hematoma associado.
 Não se observaram outras alterações valorizáveis."

Uma rotura que está, neste momento, a evoluir favoravelmente, uma vez que já caminho sem dores e já consigo fazer pequenas caminhadas sem ressentimento muscular. O tratamento fisioterapeutico, aliado ao descanso e a todos os cuidados que tenho tido, têm contribuído para esta franca recuperação. 
Ainda tenho um longo caminho pela frente até estar totalmente apta para voltar a correr. Enquanto isso, vou deliciando-me com as pequenas vitórias que vou conseguindo a cada dia, com o apoio incondicional dos amigos, familiares e, também, conhecidos! 
Obrigada a todos pelas palavras de incentivo e também por me terem "dado na cabeça" por eu ter abusado  nos treinos. 
Até breve!

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Corrida Cidade do Porto... como espetadora!


Embora estivesse inscrita na corrida da cidade do Porto, não me foi possível participar devido à minha “amiga” lesão no gémeo.
Trail runners ( os magníficos)
Inicialmente não me sentia com disposição para ir apenas para assistir. Causava-me um pouco de impressão a ideia de estar ali, ver aquele ambiente fantástico que envolve uma corrida, e não poder participar. Contudo, repensei e decidi estar presente. Munida com a minha singela máquina fotográfica, registaria alguns momentos da prova e daria o meu apoio a todos os meus amigos do trail running, que estiveram presentes   ( Manuel Fernandes, Emília Pereira, Vera Pinto, Urbano Ribeiro, Pedro Soares, Marco Magalhães) pois também eles me apoiam e me têm dado palavras de motivação para a minha rápida recuperação; à  Natércia e ao Costa, sempre bem dispostos, muito solícitos e prontos a ajudar. E, naturalmente, pelo Fernando, que se estreou neste tipo de provas e a quem eu incentivei a participar.
A "águia" a provocar o "dragão"
O estreante Fernando
Pude visionar a partida dos atletas, debaixo de uma chuva impiedosa, pela Alameda do Estádio do Dragão. 
Cuidadosamente, atravessei a Alameda e coloquei-me debaixo de uma ponte para me proteger da chuva e poder fotografar os grandes aventureiros desta manhã. 
Como o percurso desta prova não era muito apelativo, pois dava umas voltas um pouco atípicas para as normais provas de estrada, pouco tive de me deslocar para voltar a fazer registo dos atletas. 
Trinta minutos passaram após o tiro da partida e chegavam os primeiros vencedores. Seguiram-se todos os outros, não menos vencedores, que desafiaram um circuito difícil, tiveram a coragem de sair da cama cedo num domingo chuvoso e conquistar o asfalto.
Estar como assistente até se tornou interessante. Nem senti o tempo passar de tão empenhada que estava a tentar fotografar toda a gente.
Apesar de ter gostado desta experiência, não pretendo que se repita muitas vezes. Sem dúvida que prefiro estar "lá dentro".
Para finalizar, ficam os meus especiais parabéns a todos os meus amigos que participaram e que terminaram com excelentes resultados pessoais.




fotos corrida cidade do Porto



sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Lesões musculares das...Suadelas!

Quem tem como gosto correr, nem sempre pode falar apenas dos treinos realizados, das provas efetuadas, das alegrias e emoções sentidas, das amizades partilhadas, de objetivos conseguidos e de pequenas vitórias alcançadas. A prática da corrida tem também o reverso da medalha: as temíveis lesões. Sejam de que natureza for, nunca são bem vindas e tornam-nos impotentes para realizar, por vezes, as tarefas mais simples. Como sou uma pessoa simpática elas gostam imenso da minha companhia. Mal recupero de uma, surge logo outra!! Mas, tal como um amigo atleta disse "Só não acontece a quem pratica "sofaísmo"". 
Após ter tido uma rotura muscular em Julho de 2012, no gémeo esquerdo, obrigando-me a ficar parada mais de 4 semanas, o gémeo direito achou que tinha de se equiparar ao parceiro e decidiu "lesionar-se" também!! Embora não haja ainda a certeza de rotura muscular, o certo é que me impossibilita quase de caminhar de tão dorido que está!
As lesões devem-se a diversos fatores. No meu caso, o mais certo foi esforço excessivo sem relaxamento muscular intercalado com os treinos. 
Assim, uma vez que não poderei descrever provas e treinos a curto prazo, deixo aqui um artigo relacionado com as "nossas amigas indesejadas".

com uma cor diferente, é mais ou menos
assim que está o meu gémeo

As lesões musculares

O músculo é um tecido especializado formado por minúsculas estruturas proteicas (actino miosina) que, paulatinamente, vão se agrupando e se transformando em estruturas cada vez maiores, microfibrilas, fibras, fascículos e grupo muscular.
Um músculo  contrai-se mediante um estímulo elétrico que faz com que as moléculas de actino-miosina se aproximem entre si. Um músculo é irrigado a partir de vasos sanguíneos que penetram no seu interior, cuja finalidade é suprir a quantidade de oxigénio necessário para o desempenho de sua função de contração.
A lesão muscular é, nos dias de hoje, bastante comum podendo acontecer por erro de treino, secundário à má preparação física, aquecimento incorreto, sobrecarga muscular, excesso de uso (over use) ou ainda por trauma direto.
De uma maneira didática, podemos classificar os acidentes musculares segundo a sua gravidade, em 3 grupos.
  • Grupo I - também chamado popularmente de estiramento muscular, ocorre quando algumas pequenas fibras sofrem um processo de esgarçamento. Esta alteração costuma ser microscópica e benigna, havendo a recuperação total em período bastante curto.
  • Grupo II - também chamado popularmente de distensão muscular, é o mais comum dos problemas atendido pelos especialistas pois, neste caso, já existe um quadro doloroso importante secundário à ruptura de um certo número de fibras musculares com formação de edema localizado, tumefação e diminuição da capacidade de contração do músculo atingido. É classificado por alguns especialistas como ruptura parcial.
  • Grupo III - é este o mais grave dos acidentes musculares pois trata-se de uma ruptura importante do grupo muscular, existindo neste caso incapacidade funcional. A simples observação do músculo envolvido no processo permite perceber uma depressão localizada ou mesmo uma tumefação, quando da contração. Na maioria das vezes esta alteração, implica em um tratamento cirúrgico com reabilitação posterior prolongada, chegando esta a alguns meses.
Não importa o tipo de lesão muscular, o tratamento básico inicial se baseia nas seguintes recomendações: Proteção do grupo muscular atingido, repouso, gelo nas primeiras 24 a 72 horas, compressão do grupo muscular comprometido e elevação do membro atingido. A finalidade deste tratamento de emergência consiste em reduzir o sangramento dentro do músculo atingido e diminuir a possibilidade de novas lesões em um tecido já previamente lesado.
NÃO TOME MEDICAMENTOS SEM QUE SEJAM PRESCRITOS POR SEU ESPECIALISTA.
Dr. Antonio Carlos Novaes (Reumatologista)




domingo, 3 de fevereiro de 2013

Treino "Amigos de Cepelos"

Sábado. Segundo dia do mês de fevereiro. Um dia um pouco indeciso, tanto fazia sol como caia uma chuva teimosa que ameaçava uma tarde de treino em pleno. Mas quis o sol decidir-se em nos acompanhar em mais uma concentração da AD Amarante Trail Running. Desta vez o percurso escolhido foi da responsabilidade do atleta, Francisco Monteiro (Chiquinho para os amigos). Um trajeto que percorreu, essencialmente, a freguesia de Cepelos, na nossa Amarante. 
Equipa
Eram 14h30m quando se agruparam os "bravos" que alinharam em mais um, já típico, treino de sábado. Desta vez já com a presença do nosso, descontraído, Bruno Vinhós.
Início da aventura
Iniciamos junto às piscinas municipais e seguimos pela pista do Formão, bastante irregular devido ao aumento do caudal do rio, há poucos dias atrás. Para o aquecimento, ter o rio como companhia, foi o ideal. Ao 3º km iniciou-se a subida em monte, lama, as silvas e os tojos a picar as pernas. O asfalto também fez parte do percurso para poder rolar. Caminhos de água, areia, paralelos e calçadas foram as variáveis de piso encontrados ao longo de 1h e 20m de aventura.
Tal como tem vindo a ser usual, o trajeto estava marcado, o que permitiu cada elemento percorrer o traçado ao seu ritmo. Estava a desconfiar que teria de fazer todo o trajeto sozinha. Foi quando consegui alcançar um outro atleta, Nuno André. Alinhamos em prosseguir juntos até porque o meu gémeo direito já se estava a queixar e fui obrigada a abrandar. Fiz o restante percurso a evitar forçar a perna direita, aproveitando as descidas para descontrair. Com o incomodo da dor, o receio de me lesionar ainda mais e de não poder correr como gostaria, acabei por não me esforçar demasiado. Este aspeto permitiu ter folego para conversar, o que tornou o treino mais agradável. Assim, eu e o Nuno percorremos 7 km quase sem dar por eles. Defendo que fazer um treino com companhia, independentemente do ritmo que se tenha, é uma mais valia e um incentivo acrescido.
Este treino visou também um conhecimento mais específico da natureza que circunda a cidade. Dei por mim a dizer, em alguns momentos: "Este caminho vem dar a esta estrada? Quem diria!" 
Nuno, companheiro de percurso!
Mais uma vez, aliar o contacto daquilo que mais natural temos à nossa volta, com o convívio salutar de amigos, conhecidos e mesmo desconhecidos que se tornam conhecidos e colocar o corpo em movimento, são motivos mais que suficientes para tornar estes treinos obrigatórios na nossa agenda.
Por fim tenho de ressalvar  a disponibilidade e a prontidão que o Francisco teve em marcar este excelente percurso. Quero também agradecer ao Nuno André pela companhia e por me ter ajudado a chegar ao fim. Se estivesse sozinha talvez não tivesse terminado o percurso.   
Aguardo, apenas, é que o meu gémeo recupere rapidamente para continuar a treinar!